A relação entre Marrocos e Irã tem sido marcada por diferenças expressivas nas políticas e na cultura. Enquanto Marrocos é um reino islâmico que tem uma abordagem moderada à religião, o Irã é uma república islâmica que é governada por líderes religiosos radicais. Portanto, a divergência na cosmovisão dos dois países provoca uma tensão considerável em sua cooperação.

Diferenças políticas

A diferença mais evidente entre Marrocos e Irã é em suas políticas externas. O Irã busca estender sua influência no Oriente Médio, enquanto Marrocos emprega uma abordagem mais diplomática. O Irã é aliado de países como Síria, Líbano e Iraque, enquanto o Marrocos busca amizades com Estados do Golfo e do norte da África.

Em 2018, o Marrocos rompeu relações diplomáticas com o Irã, alegando que o país apoiava o movimento separatista do Saara Ocidental, que o Marrocos considera uma província em disputa. Essa ruptura acentuou ainda mais as diferenças políticas entre as nações.

Diferenças culturais

As diferenças culturais entre Marrocos e Irã também são significativas. Marrocos é influenciado pela cultura árabe e berbere, enquanto o Irã é influenciado pela cultura persa. Isso se reflete em diferenças na religião, na linguagem, na música e na literatura.

Por exemplo, o Marrocos é um país sunita, enquanto o Irã é um país xiita. O idioma oficial do Marrocos é o árabe, mas o país também tem várias línguas berberes. O persa é o idioma oficial do Irã, mas os azerbaijanos e os curdos também falam outras línguas.

Relação atual

Atualmente, a relação entre Marrocos e Irã é limitada. Em vez de ter uma cooperação bilateral, cada país busca suas próprias alianças regionais. Marrocos continua a rejeitar o reconhecimento do Irã como um poder regional no Oriente Médio, enquanto o Irã tem visões diferentes sobre o Oriente Médio e as regiões de influência.

Conclusão

A relação entre Marrocos e Irã é complicada devido às diferenças políticas e culturais. Ambos os países têm abordagens diferentes para sua política externa e têm influências culturais distintas. Essas diferenças afetam a relação bilateral, e, apesar de uma cooperação limitada, ambos os países buscam suas próprias alianças regionais. No entanto, é importante que ambos os países respeitem as diferenças culturais e busquem um diálogo aberto e construtivo para melhor compreenderem um ao outro.